Semana termina em alta com impulso das exportações e tensão EUA x China

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Os preços da soja encerraram a semana em alta no Brasil, impulsionados pelo bom ritmo das exportações e pela firme demanda chinesa. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de 60 quilos fechou a sexta-feira (03.10) cotada a R$ 136,24 no Porto de Paranaguá, alta de 0,83% em relação ao dia anterior.

Especialistas apontam que em 21 das 38 regiões pesquisadas registraram aumento nas cotações, enquanto 14 permaneceram estáveis. Apenas as três praças do Estado de São Paulo (Santos, Orlândia e Ourinhos) tiveram leve recuo nos valores. No interior do país, a saca foi negociada a R$ 125,50 em Luís Eduardo Magalhães (BA), R$ 125 em Rio Verde (GO), R$ 125 em Balsas (MA), R$ 129,50 no Triângulo Mineiro e R$ 125 em Dourados (MS). Nos portos, os preços ficaram em R$ 137 em Santos (SP) e R$ 137,50 em Rio Grande (RS).

No mercado internacional, a bolsa de Chicago teve leve recuo no fim do pregão desta sexta-feira, com os contratos para novembro caindo 0,56%, para US$ 10,18 por bushel. Apesar da queda pontual, o cenário global segue marcado por incertezas que influenciam diretamente o comportamento das cotações.

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Segundo especialistas, as tensões comerciais entre Estados Unidos e China voltaram a movimentar os mercados, com impactos diretos sobre os preços das commodities agrícolas. A disputa entre as duas maiores economias do mundo, que historicamente afeta fluxos de exportação e tarifas sobre o grão americano, abre espaço para o Brasil fortalecer sua posição como principal fornecedor global de soja.

Além disso, os prêmios de exportação seguem elevados, refletindo a valorização da soja brasileira nos embarques. O fluxo intenso de vendas externas mantém o ritmo dos embarques em alta, sustentando a demanda doméstica e limitando quedas mais expressivas no mercado interno.

Para analistas, a combinação de estoques ajustados, câmbio favorável e demanda firme da Ásia deve manter o cenário de preços firmes no curto prazo. Entretanto, há cautela quanto aos próximos meses, diante das incertezas climáticas e do impacto das eleições norte-americanas sobre a política agrícola e comercial dos Estados Unidos.

Mesmo com as recentes variações em Chicago, o Brasil segue competitivo no comércio global de soja, beneficiado pela safra recorde e pelo câmbio favorável às exportações. Especialistas reforçam, contudo, que a volatilidade tende a permanecer até o início da próxima safra sul-americana.

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Fonte: Pensar Agro

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